AHHHHHHHHH! NÃO FOI DESTA VEZ!

Qualquer ser vivo que estava por ser cotado para assumir o posto do contabilista, Osmar Loss, tirou seu cavalinho da chuva, de novo.

É interessante como o Loss consegue a “abdução” dos jogadores. Sei lá se ele dá uma liberdade. Faz um “be your Best, do yourself”. Não sei. Mas alguma coisa tem.

Dei-me o trabalho de assistir o jogo do colorado inteiro. Caras que eu sempre critiquei não estavam tão mal. Tipo o Bolívar. Acertou a maioria dos botes. Minha língua sangrava. Teve o tal gol de cabeça da Raposa que ele era o marcador. Mas taticamente não atribuo muito a ele a culpa. No mais foi um jogo de “sortes e azares”. Um exemplo disso foi o gol mal anulado da Raposa. Paciência. Mas talvez seja justiça divina.

A CRIA E O CRIADOR

Na maioria das vezes digo que a fruta não cai longe do pé. Que a orquestra não foge da personalidade do maestro. Que a cria, fatalmente, faz a fuça do criador.

C.J. Roth fez isso contra o Palmeiras. Os clássicos volantes tiveram seu destaque e ficou mais claro (pra mim, pelo menos) que o Grêmio não possui avantes (que atuaram até então). Eu não comento mais do Grêmio, por que acho que ele tem um plantel melhor que um Botafogo da vida. E tanto o Camarguinho quando o Roth, são superiores ao cientista louco, Caio Júnior.

Todo mundo sabe que o Joel Santana é uma figura mais de fábulas que da realidade. Um mito. Mas não uma lenda. Ser recheado de títulos “guanabarescos” não traz valor a ninguém. Por mais que um pouco injustamente, ter visto o Cruzeiro perder para o colorado, foi uma coisa justa pelo seu maestro. Mas se for avaliar o duelo entre maestros naquele jogo, poderia ter surgido um valão que desemboca direto no inferno, e o Loss e o Santana cairiam lá. Justiça divina.

Abel Braga teve dois lances de sorte na vida e as mesmas faixas de Joel. Méritos? Time na cartilha bom, resultados flutuantes. Tomar 3 x 0 do Ameriquiiiiinha, é bem coisa de Abel.

O Tite empatar contra time que está na degola. O Tite tem um pensamento cristão-pessimista: o time da degola vai querer sair nas nossas costas! Ele nunca pensa que o time dele pode ser superior, e aproveitar de sua qualidade e da falta da mesma do adversário. Joga com o cu na mão e agradece ao Seu Senhor Jesus pelo empate. É bem coisa de Tite.

Adilson Batista tomar sufoco de um elenco que consegue ser tão xoxolento quanto concentração do Dinei e do goleiro Bruno. O Avaí é dono de vaga contra o rebaixamento e fim. Tu és o todo poderoso SPFC. Entra na ressacada e espanca os caiçaras. Mas não. O rodado Cícero salva a pátria de modo espírita e do nada. Bem ala Grêmio 95. É bem coisa de Adilson.

O Muricy ter um bom elenco, ter jogador estrela no estaleiro ou suspenso. O time por mais que brilhante, faz tudo uma novela mexicana. Time do Muricy nunca ganha rindo. Só ganha quando começa a chorar. É bem coisa do Muricy.

Espancar os difíceis e ser ludibriado pelos fáceis. Desde que eu acompanho a carreira do Seu Raymundo, é assim. Tudo bem que é difícil acreditar em uma zaga carioca. Soberba zaga carioca. O a parte ofensiva do time joga a toquinhos como treino recreativo. Isso é um pouco incompreensível para um ex-zagueiro. Pra mim, time treinado por ex zagueiro, não poderia tomar mais de 2 gols por jogo. Se tomar, demitido no ato. Essa eu me peguei. Posso dizer que é bem a cara do Ricardo Gomes?

Mas o fenômeno de treinar e ser treinado são coisas que beiram o inexplicável. Ao meu ver o Mourinho é superior ao Guardiola. Ao meu ver o time que o Mourinho tinha na Inter era inferior ao seu atual Real Madrid, inferior ao atual e o antigo Barça, o antigo que fora batido pela Inter. A Inter era apenas um elenco compacto. Certinho. E que contava com um Diego Milito fazendo o que nunca imaginou fazer. Saiu o Mourinho do comando neroazzuri e demorou mais de meia temporada para os jogadores se acharem. Tem jogador que nem se achou. O Diego Milito está se procurando até hoje.
Na teoria, o time do Barcelona atual não é superior ao do Real Madrid, são duas coisas diferentes. Mas, com certeza o Barça é um time mais compacto que o Real. O Barça ganhou tudo graças a 3 jogadores. O Real ganhou uma copinha graças a 1. Qual é a lógica?

As vezes os boleiros e treinadores não falam a mesma língua. Simples assim. Banana pra macaco, osso pra cachorro.

Nisso que as vezes paro pra pensar que os treinadores deveriam ser contratados não apenas por seus CV, mas sim por sua adequação no plantel. Ou no caso contrario, como sempre os treinadores tem uma lista de “protegidos” que sempre tentam chamar para baixo de sua asa. É algo estranho abrir um mercado que psicologia e psiquiatria futebolística. Mas depois que o Gabiru fez um gol no Barça, eu acredito em qualquer coisa. Ideia louca, mas que pode dar certo. Identificar psicologicamente em que tipo de grupo os jogadores se enquadram, o que afeta ou o que incentiva…dizem por aí que o colorado de 2006 se baseava em palavras de liderança paternalista de Fernandão e do Moisés ou profeta do elenco, Ceará, que recuperou os cachaceiros e fanfarrões do elenco para o caminho do Senhor. Assim o sistema não corrompe. Pode ser um clima solto mas concentrado. Algo que o Dunga tentou na marra na Copa de 2010. Que os jogadores até aceitaram, só ele esqueceu de treinar a cuca dos boleiros no momento “correr atrás de…”.

Lá pelas tantas, a minha ode alcunhada de Osmar Loss, pode ser a figura certa para o colorado. Por mais que um grandessíssimo imbecil, os sarrafeiros gostam dele. Ontem em um lance out, deu pra notar o Andrezinho “trocando uma ideia” com o treinador. Ele não estava recebendo uma ordem, estava pensando com o Loss o que poderia ser feito. Pra mim isso ficou bem claro. Sendo assim, chamar um Dorival Junior ou coisa do gênero agora, bote tudo a perder.

No caso, o grupo colorado não tem uma coisa que o grupo gremista tem, laranjas podres. Caras marrentos como D’Alessandro amansaram. Talvez seja o mesmo exemplo para o elenco do Botafogo. Que talvez seja o contrario do grupo do Fluminense.

As vezes quando apenas UM jogador não quer, a coisa não vai. E ele estará pouco se fudendo também.

FALANDO NISSO…

Falando em casos difíceis de relacionamento, pego o meu protegido, Zlatan Ibrahimovic. Comprei um livro que se intitula (já traduzido) “Eu sou Zlatan, e vocês que p#$*a são? – 100 motivos para amar o jogador mais odiado da Itália.” Ele é um caso ótimo. Conseguiu jogar nos 3 maiores clubes da Itália, ser campeão com os 3, ser amado e odiado pela torcida dos 3, e está pouco se fudendo. O livro consiste em 100 das frases mais polêmicas que ele soltou em entrevistas.
Vale lembrar que ele é um jogador de um temperamento terrível, mas nunca fez um time desandar…por sua culpa. Ele trata o futebol como seu trabalho, se vai para o trabalho é para trabalhar, e não para arranjar amigos. Quer ser o melhor, fazer o melhor. Prova é que na última temporada foi o melhor garçom milanista e com vários gols decisivos. Largo aqui três de suas pérolas:

“Não me sinto o número 1 do mundo. Mas sinto que nenhum no mundo é melhor do que eu.”

“Não vejo no panorama do futebol um jogador que se pareça comigo. No momento sou uma jóia única e rara.”

“Bill Gates possui muito dinheiro. Muito mais do que eu. Mas não me passa poder, força e exemplo a ser seguido.”

P.S.: Fazem 3 rodadas que faço os mesmos 50 e poucos pontos no Cartola. E “tomei” 1 gol em nestas 3 rodadas. Não adiantou em nada

2 Comments

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  1. Vi ontem o jogo do Cruzeiro, e confesso que fiquei um pouco encucada com a parte que o toca no post: “por mais que um pouco injustamente”. um pouco de cu é rola…e das grossas!

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